quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tecnologia de energia solar

Nova tecnologia coloca células solares em quase todo tipo de superfície

Você está na praia, em uma trilha ou em um acampamento e a bateria do celular (ou pior, do GPS) acabou?

Graças a uma nova tecnologia de energia solar, isto pode não ser mais um problema tão grande. Com células fotovoltaicas em spray, aplicadas sobre qualquer superfície, a energia solar pode ficar mais barata e acessível.

Pelo menos é isso o que esperam Brian Korgel e seus colegas, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, com a tecnologia publicada no artigo Spray-deposited CuInSe2 nanocrystal photovoltaics, no periódico Energy & Environmental Science. A técnica funciona com o espalhamento de células solares por meio de um spray (que, esperamos não contenha gases nocivos à camada de ozônio) e pode ser utilizado em quase qualquer superfície, conta o site New Scientist, desde plástico até tecidos.

Os pesquisadores desenvolveram um meio de diminuir os custos da produção de células solares com um tipo de tinta contendo nanocristais de semicondutores compostos por cobre, índio e selênio. Korgel afirma que o método de aplicação é muito semelhante a pintar uma parede, só que a “tinta” tem um propósito.

Uma das aplicações sugeridas pelo cientista é em superfícies de barracas militares, por exemplo, fazendo com que elas gerem energia elétrica (além de suas utilidades naturais, claro). Além disso, a tecnologia ainda pode ser aplicada em situações do dia a dia, como em tecidos, mochilas ou mesmo tetos de carros.

Entretanto, Korgel reconhece que muita água vai rolar por debaixo da ponte até a pesquisa crie algo comercialmente viável. Atualmente, a “célula solar em spray” ainda possui muitos obstáculos técnicos a serem transpostos (por exemplo, onde conecto os eletrodos?) e apresenta, ainda em laboratório, uma eficiência baixíssima, da ordem de 3%.

A produção e comercialização deste tipo de célula solar dependem de uma melhora drástica dessa eficiência e é esta a próxima etapa para o grupo do Texas.

De toda forma, a idéia é promissora: está perdido no meio da amazônia e acabou a bateria do GPS? Não tem grilo: pinta aquela pedra ali…

Fonte:

Nátaly Dauer
ndauer.geek.com.br04/10/2010

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